Brincar é tudo de bom, né? Ah.. quem dera voltar a ser criança e sair por aí me divertindo, mas quem disse que não podemos? A graça da Educação Física, é que é para todos, então essa matéria “Dia do Índio – Brincadeiras Indígenas”, trará práticas que a genuína população primária brasileira realiza em tom lúdico com os pequenos, mas que condiciona.
Vamos falar um pouco das crianças indígenas? elas por hábito, acordam muito cedo e se reúnem para brincar até as 8 da manhã, e após a brincadeira vão aos seus afazeres que consiste em ajudarem seus pais, estudar e a fins. No fim de tarde, os meninos costumam jogar futebol e para isso fazem suas próprias bolas e inventam gols. O futebol é jogado no centro da aldeia, mas quando é época do Kwarup (um ritual praticado por vários povos do Parque Indígena do Xingu), o jogo tem que ser em outro lugar, pois é no centro da aldeia que se realiza uma luta chamada Ikindene, que é considerada uma brincadeira/jogo, e que veremos nas sugestões a seguir.
Mas antes de falar mais, você pode acessar outras curiosidades e brincadeiras no site do Povos Indígenas do Brasil Mirim, onde fiz a pesquisa junto com o Professor Jonathan no dia de ontem, 14 de abril.
Dia do Índio - Brincadeiras indígenas
O Ikindene é um jogo muito praticado entre os Kalapalo. Durante a cerimônia do Kwarup, que reúne pessoas de diferentes aldeias, apenas os homens podem lutar, mas durante o ritual Jamugikumalu só participam as mulheres. Este tipo de luta, ou arte marcial, é disputado no pátio central da aldeia entre dois jogadores. Os lutadores se enfeitam com pinturas corporais, cintos, tornozeleiras, colares de caramujos e feixes de lã nos braços e joelhos.
Este jogo é levado muito a sério. Os grandes campeões da luta temem perder e os iniciantes têm medo dos adversários ou de se machucar. O Ikindene desenvolve força, coragem, resistência e concentração.
Durante todo o ano as pessoas da aldeia se preparam para a luta, treinando para as disputas nos rituais. O objetivo do Ikindene é derrubar o oponente no chão; mas um simples toque de mão na perna do adversário acaba com a luta. O vencedor é aquele que consegue tocar a perna do adversário ou que consegue derrubá-lo.
Para jogar o Ta, em primeiro lugar, é preciso fazer o brinquedo. Trata-se de uma roda de palha recoberta com cortiça de embira (uma árvore típica da região do cerrado) ainda verde e que tem o mesmo nome do jogo: ta.
O objetivo do jogo é acertar o Ta usando um arco e flecha. Para isso se formam dois times, dispostos em fileiras bem distantes entre si. Um jogador assume a função de lançador e atira o brinquedo pelo ar na direção do time adversário.
À medida que o Ta, rodando, entra em contato com o chão e vai passando em grande velocidade pela frente dos jogadores do time adversário, eles tentam, um após outro, acertá-lo com suas flechas.
Neste jogo de resistência e equilíbrio, o corredor deve correr num pé só, feito um saci, e não pode trocar de pé. Uma linha é traçada na terra para definir o local da largada e um outro, a uns 100 metros de distância, aponta a meta a ser atingida.Se o jogador conseguir ultrapassar a meta é considerado um vencedor, mas se parar antes de chegar na linha final, é sinal de que ainda não tem a capacidade esperada e precisa treinar mais. Apesar de a velocidade não ser o mais importante, todos tentam fazer o caminho o mais rápido que podem, mas no fim, vence quem foi mais longe. O jogo, de que participam homens, adultos e crianças, acontece no centro da aldeia.
Essa brincadeira acontece na beira de uma lagoa ou de um rio. Quem propõe a brincadeira assume o papel de um gavião e será o “dono” da brincadeira. O “gavião” desenha na areia uma grande árvore, cheia de galhos, e as outras crianças fingem ser passarinhos. Cada “passarinho” escolhe um galho, monta o seu ninho e senta-se lá.
O gavião sai à caça dos passarinhos, que saem dos seus ninhos e se reúnem num local bem próximo à “árvore”, batendo os pés no chão e provocando o gavião com uma graciosa cantoria.
O gavião avança lentamente na direção dos passarinhos. Já bem perto do grupo, dá um pulo e tenta pegar os passarinhos que começam a correr em todas as direções, fazendo muitas manobras para distrair o gavião. Para descansar, protegem-se nos seus ninhos. O gavião, quando consegue apanhar um dos passarinhos, prende-o no seu refúgio, que fica próximo ao pé da árvore. O último passarinho que conseguir escapar e não ser “caçado” pelo gavião, se transforma no novo “gavião” e “dono” da brincadeira, que recomeça.
O jogo desenvolve diversas habilidades, tais como a concentração, a velocidade de movimento, a agilidade e a percepção de tempo.
Os Galibi do Oiapoque migraram da Guiana Francesa para o Brasil nos anos 50. Originários da região do rio Mana, eles passaram a viver na margem direita do rio Oiapoque, no norte do Amapá. A maior parte dos Galibi vive na Guiana Francesa e lá são conhecidos como Kaliña. Na aldeia,
juntavam várias crianças, cada um com seu fane (nome desse brinquedo na língua Kaliña), e uma única rede de dormir. Quatro delas seguravam nas pontas da rede, deixando o tecido bem esticado. Todas as outras lançavam ao mesmo tempo seus piões em cima da rede, iniciando um torneio de fane. O objetivo do jogo era deixar o pião mais tempo rodando sem cair, ou sem ser lançado para fora da rede.
Ouvindo as histórias dos mais velhos, as crianças aprendem a fazer o brinquedo, que é passado de geração em geração
Deixarei o link para mais 11 atividades que estão no site do pessoal do Toda Matéria!
Valorizar a nossa cultura mãe, que é a indígena é mais do que obrigação. O dia do índio merece muito mais visibilidade do que tem atualmente, e o intuito é dar para vocês, professores amigos, sugestões de jogos clássicos que vão além da peteca. Esperamos que apreciem essa pesquisa e matéria “dia do índio – brincadeiras indígenas”, visitem o site que informou lindamente coisas riquíssimas de nossa cultura mãe.
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