Disfasia não é autismo!

Um bom começo de ano para você que nos acompanha! Hoje, resolvemos trazer para abrir o ano no site do Fique Ativo, algo bem corriqueiro que ocorre dentro das escolas, clínicas, famílias e sociedade: diagnóstico errôneo de autismo por confundir com a disfasia.

A gente bem sabe que o autismo demonstra que uma de suas características, é a dificuldade de comunicação (não é regra), e muitos “doutores a lá google” ao primeiro sinal de atraso na fala da criança, presume ser autismo… pior é quando em unidades de educação infantil, professores que nem deveriam levantar hipótese sobre qualquer assunto relacionado a saúde, dizem aos pais suas suspeitas, assustando na maioria das vezes. Entendam professores: atenção com sua fala! você pode assustar uma família desnecessariamente. E sem falar que isso é desvio de função, passível a processo.

Seguimos então com a questão da disfasia: sabe do que se trata? conhece esse termo? então preste atenção nos tópicos a seguir:

  • Disfasia, que é um transtorno de linguagem sem etiologia conhecida, caracterizado por um conjunto complexo de sintomas que afetam todos aspectos da linguagem;
  • Existem três tipos específicos de Disfasia;
  • Disfasia de sintaxe (ou de condução): A criança tem problemas para estruturar suas frases. Ela fala de forma telegráfica, com frases curtas ou palavras isoladas;
  • Disfasia receptiva: A compreensão da linguagem é alterada. Geralmente vem junto de um distúrbio fonológico e leva ao desenvolvimento limitado da expressão. A fala da criança é incoerente e repetitiva, com um vocabulário pobre; 
  • Disfasia expressiva: A programação e realização das palavras são alteradas. A pessoa com disfasia tem dificuldade em encontrar as palavras e, muitas vezes, utiliza palavras de preenchimento. Escrever também é uma tarefa difícil.

E quem realiza esse diagnóstico? Neurologista e Fonoaudiólogos. As demais profissões de saúde, também desempenham um papel importante que é reconhecer esses sinais e fazer o devido encaminhamento para as áreas correlatas. Em relação aos profissionais escolares, registrar e documentar sem dar nomes obviamente, as hipóteses que a criança apresentar que se encaixem no quadro de disfasia, e recomendar os pais juntamente com relatório escolar, que busquem compreender os motivos do atraso. Contudo, algumas estratégias em caso de diagnóstico confirmado, podem ser feitos nas aulas de educação física escolar e grade comum da educação básica:

  1. Incentivar que seus alunos narrem eventos;
  2. Deixar que a criança expresse suas experiências sem interrompê-la;
  3. Deixar que ela crie cenários mentais fictícios para o bom desenvolvimento lúdico;
  4. O uso de jogos simbólicos na educação física, engloba e encoraja a comunicação infantil e socialização.

Viu só? a disfasia pode e é muitas vezes confundida com o autismo, mas como já falamos aqui o autismo é diferente disso tudo, mesmo com algumas similaridades. Professores e demais profissionais, sejamos mais prudentes quanto aos nossos pequenos. E em caso de dúvida em como trabalhar com esse público na primeira infância, veja nossas redes sociais no LinkedIn e Instagram com posts sugestivos, e também nossos materiais.

Fique Ativo.

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